"Estômago"

"Estômago"

O filme retrata a história de Raimundo Nonato, nordestino que – como tantos outros – migram para São Paulo em busca de uma vida melhor, ou mesmo digna. O que encontra não é bem isso.

Depara-se com a crueza da cidade, com a frieza de seus moradores e, mais ainda, com a respectiva indiferença e impessoalidade das relações (paradoxalmente) “intersubjetivas”.

Preconceitos, explorações, relações de poder e a necessidade de sobrevivência são deixados de forma evidente pelo filme.

O que realmente impressiona é o fato de Nonato, desconhecedor de qualquer “malandragem” das grandes cidades, conseguir sobreviver e viver – a seu jeito – na selva de pedra paulista. Dentro de suas “verdades” e de seus conceitos, fez aquilo que considerou “justo” e, já no sistema prisional onde se encontra, provavelmente o continuará fazendo.

E o que faremos? A “solução” está na continuidade do encarceramento de Nonato? O filme deixa evidente que isso não será idôneo para mudar as “verdades” subjetivas do agora "Alecrim" (apelido recebido na prisão).

João Paulo Martinelli e Danilo Cymrot exploraram com responsabilidade e seriedade o filme, trazendo uma análise mais aprofundada, na Revista “Liberdades” do IBCCRIM, em sua edição de número 07. Recomendamos a leitura do artigo, após o assistir do filme.

Abaixo, a sinopse do filme:

“Raimundo Nonato (João Miguel) foi para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Contratado como faxineiro em um bar, logo ele descobre que possui um talento nato para a cozinha. Com suas coxinhas Raimundo transforma o bar num sucesso. Giovanni (Carlo Briani), o dono de um conhecido restaurante italiano da região, o contrata como assistente de cozinheiro. A cozinha italiana é uma grande descoberta para Raimundo, que passa também a ter uma casa, roupas melhores, relacionamentos sociais e um amor: a prostituta Iria (Fabiula Nascimento)”.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=zPmVXkWi9Yk